quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Girl - Lukas Dhont - 2018 - Bélgica

O diretor estreante Lukas Dhont realiza um filme autêntico sobre a história de uma adolescente transgênera ao decidir realizar a cirurgia de mudança de sexo. Os dramas internos e conflitos com  a sociedade são interpretados magistralmente pelo ator cis Victor Polster, e o filme  já virou hit entre a comunidade transgender. Girl é um filme extremamente necessário para quebrar alguns tabus e foi indicado pela Bélgica para a vaga no Oscar de filme estrangeiro 2019. O diretor se baseou na história de Nora Mousecour e após vários testes de casting chegou ao ator ( também estreante) Victor Polster. A Netflix inicialmente quis cortar as cenas de nudez mas o diretor não concordou e o filme será exibido na íntegra.

                                                               




ótimo 😊😊😊😊😊

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Climax Gaspar Noé 2018

Os filmes de Gaspar Noé são todos concebidos para causarem um choque no público. Desde o mais famoso "Irreversível" até esse seu mais recente "Climax". O filme é sobre a comemoração de uma companhia de dança onde todos ficam supostamente drogados e enlouquecem no decorrer da festa. Numa entrevista, Noé disse que quer seguir uma linha diferente dos filmes tradicionais e mostra-se influenciado por Scorsese, Bunoel, Pasolini e até do mais atual Michael Haneke. Fazer filmes na França ainda lhe permite essa liberdade e faz com que não sofra pressão para fazer um filme comercialmente viável e menos provocativo. Neste filme Noé se apresenta mais maduro e mostra um desfile de influências (prestem atenção nos VHS´s logo no início do filme). São filmes que não são muito conhecidos do grande público mas tem um papel importante na idéia deste filme. Alguns como Suspiria (77) de Dario Argento com suas cores avermelhadas e o terror mostrado numa companhia de dança. O filme Saló de Pasolini também aparece no início. Um filme importante que aparece também é Possessão (81) de Andrzej Zulawsky. Climax usa atores não profissionais excetuando-se  a ótima atriz argelina Sofia Boutella.
Climax tem um ótimo trabalho visual com cores e câmera em primeira pessoa e uma trilha sonora inserida na narrativa ( com destaque para um remix de Eric Satie). Noé assim como Tarantino filmou tudo num galpão e fez sua versão desta história real que se passa em 96, temporalmente muito mais próximo do filme de Dario Argento do que do cinema comercial atual.

                                                                         




otimo 😖😖😖😖